Um jornal francês revela que um agente iraniano vazou informações confidenciais que levaram ao assassinato de Nasrallah. Uma fonte de segurança libanesa, citada pelo jornal francês "le Parisien", relatou que os israelenses receberam informações confidenciais de um agente iraniano sobre a chegada iminente do Secretário-Geral do Hezbollah, Hassan Nasrallah, em sua sede nos subúrbios de Dahieh ao sul de Beirute, o que levou ao ataque aéreo que o matou. Esta revelação lança luz sobre a extensa cooperação de inteligência que precedeu o assassinato. O jornal francês revelou novos detalhes sobre o assassinato do Secretário-Geral do Hezbollah, Hassan Nasrallah. De acordo com o "le Parisien", Nasrallah participou de uma reunião secreta em um local a 30 metros de profundidade nos subúrbios ao sul de Beirute, junto com o vice-comandante da Força Quds iraniana, Abbas Nilforoushan e 12 altos funcionários do Hezbollah.
Vale destacar que a razão pela qual Israel enfrenta tanta dificuldade em alcançar os líderes do Hamas em Gaza quando comparado ao Hezbollah ou aos líderes do Hamas fora de Gaza é porque não há iranianos em Gaza. O Irã é a nação mais infiltrada da Terra. O Mossad se infiltrou (https://www.bbc.com/news/world-middle-east-60250816) em todos os cantos do Irã e é por isso que eles conseguiram alcançar e matar o presidente iraniano, enquanto o Irã não conseguiu alcançá-lo ou mesmo descobrir onde ele estava.
Idealmente, o Hezbollah precisa expulsar todos os conselheiros ou comandantes iranianos do Líbano. Os únicos iranianos que devem ser permitidos no Líbano são aqueles que se voluntariam para serem soldados de infantaria da linha de frente, mas oficiais iranianos não poderiam chegar perto da liderança e dos centros de comando do Hezbollah. A forma como Israel sabe onde estão todos os centros de comando é pelo método tradicional de espionagem, usando espiões para informar sobre posições da alta liderança do Hezbollah, parece cada vez mais provável que parece ser um membro de alto escalão do IRGC, especificamente na Força Quds. Porque todos os membros de alto escalão do Hezbollah estão mortos agora, além de 1 ou 2 sobreviventes.
A matéria anexada é interessante. Se interpretar o texto, verá que há a afirmação de que a capacidade de inteligência de Israel foi construída ao longo desses 18 anos desde a Segunda Guerra do Líbano em 2006, isso significa que Israel pode ter um ou mesmo vários espiões trabalhando para o Mossad/Aman, conseguindo essa capacidade de levantamento de informações da alta liderança do Hezbollah, de certa maneira, seria uma informação para a contrainteligência do Irã/IRGC levantar e processar os dados criando dossiês sobre os oficiais militares de alta patente que ascenderam nesse período. Isso nos permite validar que em comparação com o Hamas, o alcance da inteligência de Israel foi muito menor e conseguiu até surpreender com o ataque de 07 de outubro, isso sugere que a penetração da inteligência de Israel com o Hamas foi muito menor ou mesmo inexistente, enquanto que há uma grave penetração em torno do círculo alto do Hezbollah por causa da infiltração de Israel em torno do Irã através do IRGC.
As razões para isso são muito claras, o governo/autoridades/classe política iraniana carece de legitimidade política, o que torna o país inteiro como oportunidades para agências de inteligência estrangeiras penetrarem e se infiltrarem. As crises econômicas também acabam com a legitimidade da liderança iraniana, permitindo a infiltração de grupos de oposição que podem ser cooptados por agentes estrangeiros, devido a situação insatisfeita no país. Mesmo que o país tenha um bom serviço de contrainteligência, dependendo da penetração por agências de inteligência estrangeiras, seria difícil erradicar as atividades de inteligência estrangeira se uma boa parte da população está insatisfeita com a liderança, sem pelo menos tomar medidas drásticas como uma grande repressão, mas isso preencheria ainda mais o quadro de insatisfeitos contra o governo.
Já na outra parte beligerante, Netanyahu parece que consolidou seu poder, então, ao que parece, apostar numa guerra de atrito para enfraquecê-lo não vai acontecer tão cedo.
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